Pará como Referência em Ecoturismo na Amazônia
Contexto e Estratégias
O Pará destaca-se no cenário nacional de ecoturismo graças à sua localização privilegiada no coração da Amazônia, que abriga uma biodiversidade única. O estado alia esta riqueza natural a políticas públicas voltadas para a conservação e o desenvolvimento sustentável, coordenadas principalmente pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e pelo Ideflor-Bio. Essas instituições investem na qualificação profissional, estruturam trilhas ecológicas e aprimoram a gestão das Unidades de Conservação, fortalecendo a cadeia produtiva do ecoturismo local[1][2].
Além disso, o posicionamento do Brasil como principal destino mundial para ecoturismo, destacado pela Forbes, reforça a importância estratégica do Pará dentro desse contexto, trazendo credibilidade e ampliando o interesse internacional pela região[4].
Principais Destinos e Atrativos
- Alter do Chão (Santarém): Conhecido popularmente como o “Caribe Amazônico”, é valorizado por suas praias de água doce e rica biodiversidade exclusiva da região[1][2].
- Arquipélago do Marajó: O maior conjunto fluviomarinho do mundo, Marajó se destaca pela diversidade da fauna e pela preservação das culturas tradicionais que enriquecem o turismo local[1][2].
- Região da Calha Norte: Área que enfatiza o turismo de base comunitária, com reservas extrativistas e uso sustentável do conhecimento local, promovendo o protagonismo das comunidades tradicionais[1][5].
- Unidades de Conservação: Parques emblemáticos como o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna (Belém), Serra dos Martírios Andorinhas (São Geraldo do Araguaia) e a Zona Metrópole da Amazônia integram roteiros que aliam turismo com monitoramento ambiental rigoroso[1][2].
Iniciativas e Projetos Estratégicos
O Ideflor-Bio, em conjunto com instituições como o Sebrae e o Senar, realiza capacitações para comunidades ribeirinhas e quilombolas, visando o desenvolvimento econômico sustentável por meio do ecoturismo. Essas ações preparam esses grupos para atuarem como guias turísticos e empreendedores locais, transformando os atrativos naturais em produtos turísticos organizados e culturalmente valorizados[5].
Dentre as principais iniciativas destacam-se:
- Turismo de Base Comunitária (TBC): Estruturação de trilhas ecológicas alinhadas à conservação ambiental e à geração de renda para populações tradicionais, promovendo o protagonismo local e a sustentabilidade econômica[5].
- Seminários Especializados: Eventos como o seminário realizado em Santarém, em 2024, estimulam o debate técnico e social sobre o aprimoramento do setor, reforçando a importância da organização para a competitividade nacional e internacional[3].
- Valorização Cultural: A inclusão da gastronomia amazônica e os saberes ancestrais nos roteiros turísticos enriquecem a experiência do visitante, além de fortalecer a identidade cultural da região, como enfatizado por representantes da Rede Brasileira de Trilhas[5].
Desafios e Perspectivas
Embora o ecoturismo no Pará tenha avançado significativamente, ainda há desafios a serem superados. A necessidade de organização dos atrativos turísticos em produtos estruturados e o aprimoramento da infraestrutura local são fundamentais para garantir a competitividade do estado no setor. Júlio Meyer, da Rede Brasileira de Trilhas, destaca que a gestão eficiente desses atrativos é vital para consolidar o turismo sustentável na região[1][5].
Entretanto, as perspectivas para o setor são promissoras, com expectativas de geração de empregos, fortalecimento da preservação dos biomas amazônicos e valorização da identidade cultural regional. Essas iniciativas promovem a transição para modelos econômicos que conciliam desenvolvimento e conservação ambiental na Amazônia[1][5].
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