Arte que grita, floresta que resiste: Manaus e a expressão artística em defesa da Amazônia
Em Manaus, a arte tem se tornado uma poderosa forma de resistência e conscientização ambiental, expressando a urgência de proteger a floresta amazônica. O manifesto “Arte que grita, floresta que resiste” reúne iniciativas artísticas que denunciam a degradação dos ecossistemas e celebram a cultura regional, evidenciando o papel da criatividade na luta pela preservação ambiental.
Manifesto visual com guardiões culturais
Em julho de 2025, foi lançado um manifesto visual envolvendo 27 guardiões culturais de Manaus, que por meio de diversas linguagens artísticas ressaltam a importância da Amazônia como território vivo. Esta ação coletiva combina artes plásticas, visuais e performáticas para fortalecer a identidade local e passar uma mensagem clara de resistência e cuidado sustentável com a floresta[4].
Exposições que unem arte e educação ambiental
Duas exposições recentes na capital amazonense ilustram como a arte pode inspirar a reflexão e a mudança de comportamento frente aos desafios da região:
- Amazônia de Papel – realizada no Mirante Lúcia Almeida, a exposição traz esculturas de animais amazônicos confeccionadas em papel recortado e dobrado. Criada pelo artista Wendell Gustavo, a mostra incentiva a reutilização de materiais e incorpora oficinas de papercraft para ensinar técnicas manuais, reforçando um vínculo entre arte, meio ambiente e cultura local[5].
- Arte Sustentável na Oca Dr. Carim – promovida em março de 2025, essa iniciativa reuniu miniaturas de ônibus feitas a partir de materiais recicláveis, mostrando a transformação de resíduos em arte. Esta exposição promovida pela Prefeitura de Manaus também ressaltou a importância da sustentabilidade e celebrou o Dia do Artesão, valorizando os saberes locais[2].
Coletivos artísticos e políticas públicas ambientais
Além das exposições, grupos como o Coletivo Artistas pelo Clima têm unido artistas amazonenses para dialogar sobre as mudanças climáticas através da arte interativa e de ações comunitárias. Estas iniciativas contam com o apoio da Prefeitura de Manaus, especialmente via Manauscult, que facilita espaços culturais integrados à educação ambiental e ao fortalecimento da cultura regional[8][5].
Tabela comparativa das ações artísticas em Manaus
Projeto | Materiais | Público-alvo | Realização |
---|---|---|---|
Amazônia de Papel | Papel reciclado e técnicas de papercraft | Crianças e adultos | Julho de 2025 |
Arte Sustentável na Oca Dr. Carim | Materiais recicláveis | Estudantes da rede municipal | Março de 2025 |
Manifesto visual com guardiões culturais | Diversas técnicas artísticas | Guardadores culturais e comunidade geral | Julho de 2025 |
Arte como voz da Amazônia que resiste
Através dessas manifestações, a arte não se limita à reprodução da biodiversidade amazônica, mas se posiciona como agente crítico e educador, chamando a atenção para as pressões ambientais decorrentes do desmatamento, das mudanças climáticas e das ameaças sociais à região. Essa combinação de estética, poesia e compromisso ambiental inspira a população a valorizar e proteger seus próprios territórios[1][4][7].
A Bemol reconhece a importância de valorizar a cultura e os saberes amazônicos, apoiando o cotidiano do povo local. Seja no cuidado com a saúde, utensílios para o preparo das receitas típicas ou na organização das festividades regionais, a Bemol oferece produtos e serviços que ajudam a fortalecer a ligação com a identidade e a sustentabilidade da cultura amazônica.