Amazônia: um mundo a ser descoberto
Pré-história e infraestrutura antiga
Pesquisas recentes revelam que a Amazônia foi habitada por civilizações complexas há mais de 2.500 anos. No Vale Upano, no Equador, arqueólogos identificaram cidades com ruas alinhadas, praças centrais e plataformas monumentais, indicando um planejamento urbano avançado para a época [1][3]. Além disso, o uso da tecnologia LiDAR permitiu mapear geoglifos — figuras geométricas enterradas sob a floresta — mostrando estruturas como aterros, valas defensivas e redes de estradas que revelam uma extensa organização social antes da chegada dos europeus [2][3].
Essa tecnologia possibilitou a descoberta de 24 geoglifos inéditos em áreas de mata fechada nos estados do Acre, Amazonas e Pará, sem necessidade de desmatamento, demonstrando a intensidade da ocupação humana na Amazônia antiga [2][3]. Estima-se que existam muitos outros sítios a serem desvendados com a ajuda dessas ferramentas modernas.
Biodiversidade e espécies recém-descobertas
A Amazônia é um dos biomas com maior diversidade do planeta, embora apenas cerca de 10% de sua biodiversidade seja conhecida cientificamente. Novas espécies continuam a ser registradas com frequência, confirmando o quanto ainda há para descobrir:
- No Peru, foram identificadas 27 novas espécies em 2024, incluindo um raro rato anfíbio, um peixe de cabeça semiabaulada e uma salamandra trepadora, além de diversas espécies de mamíferos, anfíbios e insetos [6].
- No Brasil, pesquisadores da UFMG descreveram novas espécies de leveduras coletadas em florestas do Amazonas, Pará e Tocantins, acrescentando ao conhecimento micológico da região [4].
Atualmente, estima-se o surgimento de uma espécie nova a cada três dias na Amazônia, o que ressalta a riqueza e a importância da conservação do bioma. Contudo, a expansão do agronegócio e de projetos de infraestrutura representam desafios significativos para a preservação dessa abundância natural [7].
Projetos científicos em curso
Para aprofundar o conhecimento sobre a história geológica da Amazônia, cientistas têm realizado estudos multidisciplinares que incluem a perfuração de sedimentos profundos, como o realizado em Marajó (Pará), com profundidade de até 924 metros. Esses testemunhos sedimentares registram dados sobre 25 milhões de anos de transformações climáticas, biodiversidade e dinâmicas de rios, que serão analisados em laboratórios internacionais para melhor entendimento da evolução ambiental da região [5].
Além das perfurações, a integração de tecnologias modernas como o LiDAR e imagens de satélite tem revolucionado a capacidade de mapear e compreender tanto os aspectos paleoambientais quanto culturais da Amazônia [2][5].
Perspectivas e desafios
Projetos científicos de grande porte, como o Transamazônica Drilling Project (TADP), simbolizam o avanço do conhecimento sobre a Amazônia, mas convivem com a preocupante realidade do desmatamento. Ainda assim, a floresta abriga cerca de 75 bilhões de toneladas de biomassa e mantém aproximadamente 82% de sua vegetação original preservada, o que reforça a urgência de estratégias que equilibrem pesquisa, conservação e uso sustentável [2][7].
Compreender a Amazônia, seus mistérios arqueológicos e sua imensa diversidade biológica é fundamental para a valorização e proteção desse patrimônio único no mundo.
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