Bienal das Amazônias: Celebração da diversidade artística e cultural
A Bienal das Amazônias é um festival de arte contemporânea que tem como propósito principal amplificar as vozes, saberes e expressões da rica região amazônica, conectando essas manifestações culturais a temas globais como a sustentabilidade e os direitos ambientais. Com uma abordagem intercultural e itinerante, o evento se posiciona como uma plataforma essencial para o diálogo sobre as complexidades e riquezas da Amazônia.
Estrutura e proposta do evento
Esta iniciativa busca descentralizar as práticas artísticas, ocupando tanto espaços urbanos quanto comunidades tradicionais ribeirinhas, rompendo com o formato tradicional de exposições institucionais e aproximando a arte do cotidiano das populações locais. A curadoria, predominantemente feminina, é conduzida por figuras como Lívia Condurú e a curadora equatoriana Manuela Moscoso, e prioriza:
- Intercâmbio pan-amazônico: promovendo conexões entre as diversas geografias, corpos e histórias das Amazônias e do Caribe.
- Tecnologias de conhecimento: utilização de práticas de escuta, sonho e afeto como metodologias artísticas.
Edições e itinerâncias que destacam o regionalismo
A 2ª edição da Bienal das Amazônias em 2025 terá como grande destaque o barco-obra de arte “Sobre as Águas”, projetado por Freddy Mamani. Esta embarcação cultural percorre rios da região, como os que passam por Marabá, Tucuruí e Cametá, promovendo uma programação pedagógica gratuita e encontros culturais que envolvem as comunidades locais[1][7]. O barco simboliza a mobilidade do evento e sua integração com as tradições regionais.
Na primeira edição (2023), a Bienal ocupou Belém (Pará) com cerca de 20 obras públicas espalhadas pelo centro urbano, junto a um centro expositivo que facilitou o acesso do público à arte contemporânea, democratizando a experiência artística[6]. A itinerância também chegou a Manaus, onde artistas como Keila Sankofa, Uyra Sodoma e Denilson Baniwa integraram suas obras a rituais ancestrais, reforçando a união entre arte contemporânea e práticas culturais tradicionais[7].
Abordagens sustentáveis e colaborativas
A Bienal promove a arte alinhada a modelos de desenvolvimento sustentável que valorizam o meio ambiente e as comunidades locais. Inspira-se em conceitos como:
- Bioindústria e a agricultura de baixo impacto, que incentivam a produção respeitosa e sustentável.
- Agrofloresta, uma alternativa econômica ecológica que ajuda a preservar os ecossistemas amazônicos.
O evento fomenta o diálogo entre múltiplos setores — universidades, empresas, organizações não governamentais e governos — para construir modelos econômicos que equilibrem crescimento e conservação ambiental[3][4]. A próxima edição, aliás, coincidirá com a COP30 em Belém, trazendo a arte para o centro dos debates globais sobre clima e meio ambiente[5].
Valorização das comunidades locais e seus saberes
Um dos pilares da Bienal é a valorização da diversidade cultural da região amazônica, manifestada através da participação ativa de:
- Artistas indígenas e ribeirinhos, cujas obras dialogam com mitologias, memórias territoriais e as lutas por direitos ancestrais, trazendo à tona narrativas próprias da região[4][7].
- Grupos regionais de teatro, dança e música, inseridos em programações que buscam ser acessíveis e inclusivas para todos os públicos[1][7].
- Manifestações ancestrais, como cerimônias tradicionais e rituais de defumação, que são integradas às aberturas e eventos do festival, reforçando a conexão com os saberes originários[7].
Contexto geopolítico, desafios e protagonismo regional
O festival cresce em um cenário marcado por altas taxas de desmatamento e intensos debates sobre a soberania e o futuro da Amazônia. Os artistas e curadores envolvidos buscam re/significar a região, transformando-na de um mero “recurso natural” em um discurso vivo, plural e inovador, que valoriza linguagens e saberes próprios das comunidades locais[3][4][8][5].
Com o apoio institucional de patrocinadores como Nubank e Instituto Cultural Vale, a Bienal das Amazônias se fortalece como um evento que conecta a cultura regional a redes globais de arte, ecologia e inovação social, colocando a Amazônia no centro das conversas internacionais sobre cultura e ambiente[1][5][6].
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