O Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a UNESCO, promoveu o lançamento oficial do Guia do Afroturismo no Brasil – Roteiros e Experiências da Cultura Afro-Brasileira em 10 de julho de 2025, na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), em Belém (PA). Essa iniciativa representa um importante passo para o reconhecimento e valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro, além de fortalecer o setor turístico como ferramenta de geração de renda e celebração da identidade negra no país.[1][3]
Objetivos e Metodologia do Guia
O guia tem como meta principal a promoção do afroturismo como manifestação cultural e econômica protagonizada por comunidades negras. Entre os objetivos destacados, estão:
- Valorização da cultura afro-brasileira: por meio do mapeamento de experiências turísticas lideradas por afroempreendedores e comunidades tradicionais, contemplando visitas a quilombos, terreiros de candomblé, museus, feiras culturais e roteiros gastronômicos.
- Base para políticas públicas: o documento identifica práticas nacionais e internacionais alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente trabalho decente (ODS 8) e redução de desigualdades (ODS 10), estimulando o fortalecimento das iniciativas locais.
- Processo participativo: a elaboração do guia envolveu uma ampla escuta pública com diversos atores do setor, incluindo gestores turísticos, afroempreendedores e representantes de comunidades tradicionais, estabelecendo critérios como a presença no Mapa do Turismo Brasileiro e o protagonismo negro nas ações mapeadas.
Esses aspectos reforçam o caráter inclusivo e estratégico do guia para consolidar o afroturismo como política pública relevante no Brasil.[3]
Roteiros Selecionados para o Afroturismo
O guia apresenta um total de 43 roteiros considerados emblemáticos no contexto do afroturismo e distribuídos conforme as regiões brasileiras:
- Nordeste: 16 roteiros
- Sudeste: 16 roteiros
- Norte: 5 roteiros
- Centro-Oeste: 4 roteiros
- Sul: 2 roteiros
Esses roteiros abrangem uma diversidade de experiências culturais e turísticas, tais como gastronomia típica, manifestações religiosas afro-brasileiras como o candomblé, produção artesanal, além de sítios de memória histórica vinculados a quilombos e outros pontos significativos para a preservação da cultura negra no país.[3]
Contexto e Impacto do Guia do Afroturismo
O lançamento do guia está inserido no âmbito do Programa Rotas Negras, instituído pelo Decreto nº 12.277/2024, que visa posicionar o afroturismo no cenário nacional e internacional, ampliando sua visibilidade como vetor de desenvolvimento econômico e social.[3]
Segundo o Ministério do Turismo, o guia contribui para o enfrentamento do racismo estrutural ao promover maior visibilidade e protagonismo das comunidades negras nas atividades turísticas do país.[3] Por outro lado, o setor ainda se depara com desafios como a insuficiente representatividade negra em cargos de gestão no próprio Ministério, o que reforça a necessidade de ações afirmativas e estratégicas para fortalecer essas lideranças.[2]
Disponível gratuitamente no portal do MTur, o guia reforça a importância da inclusão do afroturismo nas políticas públicas, estimulando o desenvolvimento econômico local com respeito às especificidades culturais. Como destacou o ministro Celso Sabino, a publicação marca um avanço histórico para o reconhecimento desse segmento como ferramenta potente de valorização cultural e geração de renda.[1]
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