Usuários da Steam têm mais jogos que tempo de vida

A Relação entre Número de Jogos e Tempo de Jogo na Steam

Para muitos gamers, a plataforma Steam é sinônimo de imensa biblioteca digital, onde a acumulação de títulos é parte da experiência. No entanto, uma curiosa constatação tem chamado atenção: os usuários da Steam podem ter mais jogos no acervo do que tempo disponível de vida para jogá-los. Essa ideia, à primeira vista exagerada, se confirma ao analisar tanto o comportamento do público quanto as práticas na plataforma.

Por que há mais jogos do que tempo para jogá-los?

A Steam facilita a compra e o acúmulo de jogos, especialmente durante promoções e eventos de desconto. Isso incentiva os jogadores a criarem bibliotecas extensas, muitas vezes sem jogar todos os títulos adquiridos de maneira profunda. Além disso, algumas particularidades do serviço amplificam essa discrepância.

  • Compras em lote e promoções: ofertas relâmpago fazem jogadores adquirirem múltiplos títulos, aumentando o número de jogos na conta sem aumentar o tempo efetivo de jogo.
  • Jogos não jogados ou pouco explorados: grande parte da biblioteca acaba acumulando poeira digital, com usuários testando poucos minutos ou nunca iniciando alguns títulos.
  • Tempo concentrado em poucos jogos: apesar de ter centenas de games, o tempo real de uso é focado em jogos específicos de grande apego.

O impacto do idling na percepção de tempo de jogo

Uma prática comum na Steam é o chamado idling, em que usuários mantêm jogos rodando em segundo plano para acumular horas sem jogar efetivamente. Isso distorce as estatísticas e a percepção real de engajamento.

Por exemplo, um caso analisado mostrou um perfil com 8.500 horas em um único jogo, sendo que cerca de 85% desse tempo foi registrado através de processos automáticos sem interação ativa do jogador. Isso significa que as estatísticas de horas podem estar infladas artificialmente, criando a impressão de um engajamento maior do que o real.[1]

Essa prática não é exclusiva para inflar horas, mas também para obter cartas colecionáveis, conquistas e status social dentro da comunidade, ilustrando que o tempo registrado na Steam nem sempre representa participação ativa.

Distribuição desigual de tempo entre jogos

Mesmo com uma grande biblioteca, os usuários tendem a concentrar a maior parte do tempo em poucos títulos, como mostra a análise de perfis reais:

  • Jogos populares, como GTA V ou MMOs recentes, recebem centenas de horas;
  • Cerca de 90% do tempo total de jogo está concentrado em apenas dois títulos;
  • Outros jogos na biblioteca possuem expressão mínima ou nenhuma no tempo de uso.

Essa desigualdade demonstra que, apesar de acumular muitos jogos, o tempo de vida para jogar é focado em experiências selecionadas, deixando muitos títulos praticamente inexplorados.[1]

A percepção social e o status entre gamers

Além das motivações pessoais, existe um aspecto social que influencia a acumulação de jogos e horas registradas:

  • Mostrar grandes números de horas de jogo pode ser uma forma de ocupar status e reconhecimento dentro da comunidade gamer;
  • Perfis com milhares de horas ou milhares de jogos são vistos como “experientes” ou “dedicados”, mesmo que parte desses números venha do idling;
  • Existe, porém, crescente desconfiança sobre o uso de práticas artificiais para inflar estatísticas e ganhos de conquistas, impactando a credibilidade dos perfis.[3]

Limitações e distorções nas métricas da Steam

Outro aspecto importante é a forma como a Steam apresenta as informações:

  • Jogos adquiridos fora da Steam podem ser adicionados à biblioteca, mas não possuem registro de horas, distorcendo o panorama real do tempo dedicado a jogos digitais.[5]
  • Listas de jogos mais vendidos ou jogados refletem popularidade e venda, mas não necessariamente tempo efetivo de jogo por pessoa.[7]

Melhore sua experiência gamer com equipamentos adequados

Se você busca jogar no celular ou no computador, investir em equipamentos certos faz toda a diferença. Confira algumas sugestões para otimizar seu desempenho:

Resumo

A análise da Steam aponta que é comum os jogadores acumularem uma quantidade de jogos muito maior que o tempo disponível para jogá-los, em parte por práticas como idling, promoções constantes e a busca por status social. Além disso, a concentração de tempo em poucos jogos e as distorções nas métricas confirmam que a quantidade de jogos na biblioteca não reflete necessariamente a experiência real de jogo.

Para aproveitar ao máximo seus jogos, vale a pena focar em qualidade de equipamentos e gerenciamento do tempo, escolhendo bem os títulos que mais lhe interessam e investindo em hardware gamer e periféricos de entrada de qualidade.

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